sexta-feira, 13 de abril de 2018

Por que algumas Bruxas Abandonam seus Covens?


A resposta dessa pergunta é a mesma que envolve relacionamentos.
É a mesma que responde o por quê que seus relacionamentos não dão certo.
Relacionar também é uma arte, senão vejamos:
Sempre que você inicia um novo relacionamento ou um novo compromisso você tende a fazer de tudo para que dê certo ou tudo para cumprir as premissas.
E quando você lembra dos outros relacionamentos que você já teve? a dúvida logo lhe indaga, será que não vai acontecer do mesmo jeito?
Pois bem, há bruxas que já até desistiram de se relacionar, ou pior, desistiram dos Covens e preferem seguir sozinhas, ou como se ouve muito por ai, bruxas solitárias...
Ah, se você soubesse o poder que essa palavra tem para te tornar solitária em tudo!



FAZENDO A GRAÇA DESCER

Agradecer é a escada da felicidade, não o contrário.

Uma das coisas que ferram os relacionamentos é a famosa frase padrão: "E viveram felizes para sempre".
O medo desse padrão não se cumprir é as vezes tão alto que você acaba reclamando em pensamento para si mesmo.
Acontece que quando você reclama você está clamando mais de uma vez para que o universo lhe dê mais daquilo que você está sentindo, então, você faz acontecer o fim, ou "até que a morte nos separe" antecipadamente.

Todo relacionamento, seja amoroso ou familiar, tem um fim e a morte é necessária para que haja o reencarne ou nova situação, seja morte física ou o fim de uma situação.
Mas nem sempre esse fim coincide com a nossa morte física.

É preciso ter em mente que os relacionamentos são construídos sob bases do não idealismo. Isso porque quando queremos impor nossos ideais de relacionamento ao outro, estaremos forçando-o a viver o nosso ideal e impedindo o outro de ser ele mesmo e, você começa se relacionar com o outro que tem um ideal diferente e os ideais não batem.

Quando esse tema é transportado para os Covens, a coisa funciona igualmente.
o novato não faz direito os trabalhos de ego e amplia seus ideais, almeja ou ambiciona ideais que nada tem a ver com bruxaria e pensam que já sabem tudo, passam a impor aos mestres ou iniciadores os seus ideais de como a bruxaria deveria ser ou de como o mestre deveria ser e quando a ficha cai, a decepção aparece e junto com ela a pessoa sai do coven, muitas vezes magoada e praguejando.

Você fica o tempo todo envolvido com a pessoa, mas na mente você só está idealizando aquilo que você quer do outro e de repente tudo cai por terra e o susto aparece: "nossa, você era assim?"

O ideal é uma imagem de como as coisas ou pessoas deveriam ser, com um buraco no rosto onde você enquadra o rosto de alguém nesse ideal.
Quando os véus de maia se abrem e os ideais são mostrados, você se dá conta que não tinha que ter aplicado os ideais ali.

Vejam: Os ideais são maravilhosos, mas só para quem o possui. Os ideais nunca devem ser aplicados no outro.

Você deve idealizar como você quer ser, desde que já saiba quem você é, para poder se transformar naquilo que você quer ser. Agora quando você idealiza como o outro quer ser ou deveria ser, é uma baita invasão, ou colonização do outro.

Muitas pessoas fazem de tudo para que o outro venha a ser aquilo que você quer.
Quantas mães fazem isso? Quantos pais fazem isso? Quantos casos reais você já viu na vida?
O ideal projetado é do que estamos falando, e ele pode ser melhor mostrado no filme Cisne Negro.

Galera, projetar o ideal no outro é no mínimo maldoso e desrespeitoso, desde que isso significa uma forma de controle sobre o outro e uma ilusão sobre si mesmo e no mínimo revela falta de amor, por isso seus relacionamentos não dão certo.

Nos Covens também acontece isso, principalmente entre aprendizes que não realizam e não poem em prática os treinamentos de forma correta. Eles idealizam o mestre para depois o julgarem e sair munidos de decepção na sacola da curiosidade.
Sabemos quem entrou para um coven de bruxaria pelos motivos errados quando a pessoa revela em seus atos que só entrou para saber o que as bruxas fazem ali, por pura curiosidade. Sem o verdadeiro chamado e aptidão, sem a constância, sem comprometimento e por muitas vezes até quebram votos e juramentos tornando-se persona non grata.



Amor perfeito não é amar o seu ideal.
Amor perfeito é entrega, sem competição e sem afrontamento.
Bruxos de verdade querem a mesma coisa um para o outro, ainda que Elphame tome posse do seu mestre para lhe dar um recado nada agradável em determinado momento.

Lapidar uma pedra bruta significa sacrifício, doação, paciência, mas acima de tudo, significa que o outro está entregue a isso. Os covens te mostram como você vai se auto lapidar, mas ninguém ali dentro irá idealizar como você deveria ser e sim, é você quem vai mostrar quem você é, porque as máscaras caem e, não é vergonha alguma isso dentro dos covens, isso é necessário pro auto conhecimento, ninguém nasceu polido. Nascemos com dons transformadores, não transformados.

Entre o ideal e a realidade, entre os itens da sua lista de ideais e a grossa realidade existe o trabalho de ego e se sua tabela não mudar, é claro que seus relacionamentos irão fracassar.

Ame o outro como ele é, não como você gostaria. Relacionamentos sadios são livres de ideais, conveniência e controle, pois até mesmo a conveniência é o motivo errado para se estar ao lado do outro para sempre. Um Coven é uma família mágica e, você não pode permanecer brigado com sua família para o resto da sua existência, a menos que você se afirme não ser um bruxo e só entrou para o coven por curiosidade. Mas se for um verdadeiro bruxo, vai perdoar a si mesmo, o outro e vai fazer o trabalho de ego direito, fazendo assim o que tem de ser feito! Sem idealismos, receba a orientação com humildade e gratidão para você se tornar aquilo que nasceu para se tornar!


Um brinde a liberdade do que somos!

Por Sett.









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